Data e Local:
Dia 21 de novembro, das 17h às 19h, no auditório Safra 1, Biblioteca da FEAUSP
Sobre a Autora

Pós-Doutora pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo e a sua pesquisa buscou analisar o impacto do racismo para o desenvolvimento profissional das mulheres negras.
Foi coordenadora de cursos de graduação e de extensão sobre História da África e da Cultura Afro-Brasileira (Lei 10.639/2003) e professora convidada no Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (CEA-USP)
Ocupa atualmente o cargo de presidente de Geledés – Instituto da Mulher Negra, Vice-Presidente no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, onde organiza e coordena os eventos da Década Internacional de Afrodescendentes (ONU/Resolução 68/237). Cursou a graduação, mestrado e doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
É autora do livro: Lá vem o meu parente: as irmandades de pretos e pardos no Rio de Janeiro e em Pernambuco. (século XVIII) e em 2019 escreveu o capítulo intitulado: Africa in Brazil: Slavery, Integration, Exclusion do livro: Brazil-Africa: Relations Historical Dimensions and Contemporary Engagements, publicado pela Editora James Currey no Reino Unido.
Sobre a Obra
O papel das irmandades e o seu principal significado foi o de garantir dignidade para a população negra. Ao participar dessas associações, as irmãs e os irmãos eram acolhidos e sentiam-se pertencentes a uma comunidade, reconhecendo um sentido para as suas vidas, na medida em que essas associações, regidas por um estatuto ou compromisso: estimulavam a solidariedade; possibilitavam o culto aos mortos; garantiam o enterro de seus membros; auxiliavam materialmente os irmãos mais necessitados; compravam de uma forma cooperativista cartas de alforria e realizavam as grandiosas festas coletivas. Se a classe senhorial e as elites quiseram utilizar essas associações como meio de controle e de integração do negro em uma sociedade escravista, estes souberam subverter essa proposta inicial e transformá-las em um espaço de solidariedade, de reivindicação social e de protesto racial. Em São Paulo, os irmãos do Rosário participaram ativamente do movimento abolicionista dos Caifazes, promovendo a fuga de escravizados, abrindo as Igrejas e casas dos irmãos para que pudessem permanecer escondidos até serem conduzidos para o Quilombo do Jabaquara, em Santos.
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